Christina Aguilera saiu a público para fazer revelações chocantes, nomeadamente em relação ao pai, o sargento do exército Fausto Aguilera.
Numa entrevista gravada para um documentário, e com a mãe Shelly Kearns ao lado, a cantora pop norte-americana de 28 anos explicou ter sido vítima de abusos por parte do pai que a espancava violentamente durante a infância. Numa das vezes, tinha Aguilera apenas quatro anos de idade, o pai bateu-lhe com tanta violência que a deixou a sangrar. E fê-lo simplesmente porque a menina, contou a cantora, fazia muito barulho enquanto ele dormia.
"Eu peguei-a ao colo e perguntei, 'Meu Deus, o que aconteceu?', e ela respondeu: o papá queria dormir e eu estava a fazer muito barulho”, descreveu Shelly Kearns, a mãe de Christina.
Aparentemente, o incidente terá sido a gota de água para uma relação que já não andava bem, fazendo com que Shelly Kearns agarrasse na actual cantora e na irmã Rachel e batesse com a porta. O casal separou-se em 1989, após dez anos de vida em comum.
"Infelizmente tive de ver muita coisas coisas desagradáveis. Empurrões, lutas e discussões. Não me sentia segura. E mais: sentia-me impotente perante tudo aquilo. E a impotência é o pior sentimento do mundo", acrescentou Aguilera, que acabou por descobrir na música e no canto uma forma de fugir dos problemas.
O militar Fausto Aguilera, que entretanto já teve conhecimento das acusações, desmente que tivesse sido "cruel e abusivo", como referiu Christina, ou que batesse nas filhas. "Lamento ter levantado a mão para a minha mulher, mas nunca fui brutal como Ike e Tina Turner", afirmou o o sargento.