O ex-atleta paralímpico Carlos Lopes está retido em Paris por lhe ter sido vedado o acesso a um avião da TAP com destino a Lisboa porque o seu cão-guia não possuía açaime.
"Estou retido em Paris com a minha esposa porque um comandante da TAP resolveu que o meu cão-guia não podia entrar no avião sem açaime", relatou, visivelmente indignado, o presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Carlos Lopes, que construiu uma carreira cheia de alegrias (quatro medalhas paralímpicas de ouro, oito ceptros mundiais e outros tantos em campeonatos da Europa), garantiu já ter viajado várias vezes de avião, "inclusive na TAP", na companhia da cadela Gucci, que o acompanha há cerca de seis anos, sem nunca lhe ter sido levantado qualquer problema.
"Esta situação é completamente inimaginável. Há muito que viajo com a cadela e nunca tal me aconteceu", disse o também vice-presidente do Comité Paralímpico Português.
"É um completo disparate que está a causar-me transtornos imensos", acrescentou.
O voo em que Carlos Lopes deveria ter embarcado era o último do dia de ontem a fazer a ligação Lisboa-Paris.
A TAP garantiu que o ex-atleta irá viajar no primeiro voo de hoje e que seria instalado num hotel da cidade francesa.
Carlos Lopes à esq.