A noite nem sempre é um mar de rosas. Há perigos em cada local de diversão nocturna e só a atenção redobrada pode prevenir um final menos feliz. O fenómeno conhecido por ‘drink spiking’, que consiste na adição de substâncias psicotrópicas em bebidas para facilitar roubos ou violações, é uma das realidades.Não há números concretos – até porque as queixas são raras –, mas este crime existe e é uma "matéria difícil de controlar", admite Vítor Calado, oficial de operações da GNR no Algarve. As autoridades só conseguem intervir nas situações em que há mais do que meras suspeitas.
"Se existir uma informação concreta que nos indique a utilização desse tipo de drogas sintéticas em estabelecimentos então é possível actuar", explica o mesmo responsável da GNR.
A inglesa Francesca Caepais não consegue precisar se foi vítima deste tipo de crime. Apenas soube explicar que foi roubada depois de consumir bebidas alcoólicas num dos estabelecimentos da agitada rua do bares de Albufeira.
"Só sei que me tiraram a carteira sem eu dar conta, no meio da confusão, quando estava com um grupo de amigos depois de sairmos de um bar", explicou a britânica, que ficou sem telemóveis, dinheiro e câmara fotográfica.
O pior cenário das noites loucas algarvias pode muitas vezes acabar em violação, o que leva as autoridades a lançarem conselhos: não abandonar o copo em circunstância alguma; não aceitar oferta de bebidas por estranhos sem verificar quem as serviu.
Entre outras recomendações, aconselha-se ainda a ter cuidado com os chamados shots, que "devem ser misturados à frente do cliente e nunca compostos em garrafas sem qualquer tipo de identificação", referiu fonte policial.
Fonte: CM