Cristiano Ronaldo lamenta, mas faria tudo de novo. Depois de no domingo à noite ter agredido a menor Sara Pardal no Parque das Nações, em Lisboa, o jogador reconhece que agiu de forma “impulsiva”, justifica o seu acto como sendo de autodefesa e lança as culpas a um fotógrafo que o perseguia e que terá incomodado a sua mãe, Dolores Aveiro.
Segundo o craque, o fotógrafo Hugo Martins (também conhecido por ‘Taliban’), que há anos segue todos os passos de Ronaldo e já se confrontou fisicamente com o jogador no aeroporto de Lisboa, em 2005, perseguiu-o “de automóvel, estando eu acompanhado pela minha mãe e ele de uma jovem [Sara Pardal], que durante todo o percurso filmou ostensiva e provocatoriamente todos os nossos gestos”.
Cristiano Ronaldo alega que essa perturbação deixou Dolores Aveiro aflita, o que o motivou a intervir. “Vi-me forçado a parar o meu carro para tentar convencê-los a deixarem-nos em paz”, diz. No entanto, segundo o próprio, tal não aconteceu e, num impulso, pontapeou o automóvel e partiu o vidro da janela, cujos estilhaços feriram a menor. “Quando estou sozinho tudo bem, engulo em seco e tento ficar indiferente. Mas quando é a minha mãe que está em causa, aí, peço desculpa, mas não admito que ninguém, repito, ninguém, a moleste.”
Apesar das justificações, o melhor jogador do Mundo deixa claro que a mesma atitude poderá repetir-se. “Lamento o gesto que tive, se bem que também não possa jurar que se as circunstâncias se repetirem não reaja de forma idêntica, pois quando a minha mãe é envolvida é-me extremamente difícil manter a presença de espírito.”